Uma fusão elegante entre as artes da culinária e da fotografia. Adicione a isso uma viagem no tempo em busca das receitas da família e de suas histórias relacionadas. Este é o resumo da obra.
O resultado é um lindo registro das lembranças afetivas de uma família que dá voz ao coração pelas mãos de quem cozinha.

Receitas

As badaladas do antigo relógio na parede da cozinha da casa da vó ajudavam a organizar os horários das refeições em família. Neste livro, também é o tempo que dita o ritmo das páginas: as receitas estão intuitivamente classificadas conforme os horários do dia.

Veja a lista completa das receitas.

Histórias

Galinhada das 4 sorelas: Toda vez que as irmãs Leda, Dora, Dalva e Angela Provenzi – as 4 sorelas – se encontravam nas festas da família, dois fatos aconteciam com a regularidade de um relógio suíço. O primeiro era uma fotografia das sorelas junto ao vô Alcides. A sequência histórica acabou gerando um número incontável de fotografias, até hoje só superado pelas fotos dos 12 apóstolos penduradas nas paredes de madeira em casas do interior do Rio Grande do Sul. O segundo fato garantido pelo encontro das irmãs era a função na cozinha para preparar uma galinhada. Tarefas divididas, chimarrão circulando, fogão a lenha aquecendo o inverno e cheiro de tempero caseiro no ar. O cenário está descrito. Impossível descrever é o sabor daquela galinhada preparada pelas 4 sorelas.
Vaca atolada do Nico: Como escrever no papel uma receita que cada vez é preparada de maneira diferente? Como congelar somente uma das inúmeras possibilidades criadas por um cozinheiro marcado pelo improviso? A vaca atolada estará eternamente associada ao Nico, conhecido em toda a família pela facilidade com que misturava técnicas, visualizava combinações e temperava carnes como ninguém. O Nico era a antítese da receita. Um livro como este teria pouca utilidade para ele. Porém, a transgressão é a alma da criatividade e a família deve boa parte das inovações culinárias à quebra de regras personalizada na figura do Nico. Ele levou a vaca atolada para as Comendas, eventos tradicionais no interior do estado, preparando-a cada vez de um jeito. Esta é uma receita mutante.
Tortéi: Este clássico da culinária italiana também atravessou o Atlântico com os antigos imigrantes e tornou-se a massa mais tradicional da Cozinha Provenzi no Brasil. Em meados do século XX, o tortéi era preparado na colônia aos sábados para ser apreciado no almoço de domingo, junto com o molho da galinha caipira. O preparo no dia anterior ocorria por três motivos: o hábito da vó Melina de antecipar, o tempo de secagem da massa (enrolada em uma toalha) e a ausência de geladeira para armazenamento por períodos mais longos. A primeira geladeira a querosene chegou à família na década de 1960 e resolveu um dos problemas. Porém, o hábito de preparar uma massa de qualidade na véspera de uma refeição especial permanece inalterado.
Filé de peixe espada do Aladir: Os barcos pesqueiros que chegavam na praia de Pântano do Sul, em Florianópolis, seguidamente traziam as redes cheias de peixe espada (Trichiurus lepturus). Na década de 1980, os peixes eram jogados no lixo por não terem valor comercial. Até que um dia, o Aladir conversou com um pescador na beira do mar e descobriu que ele gostava do tal peixe espada. Resolveu levar uma sacolada para casa, de graça, e experimentar. O resultado da experiência é o prato ilustrado nesta página, que também pode ser preparado com o peixe chamado “gordinho”. A propósito, houve um outro dia em que o Aladir foi na peixaria em Floripa e perguntou qual peixe estava mais fresco. O vendedor disse: “Gordinho”. E o Aladir respondeu: “É tu”.

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